segunda-feira, 30 de abril de 2007

Sentimento de Culpa ou a Busca da Perfeição?

SENTIMENTO DE CULPA ou A BUSCA DA PERFEIÇÃO?

Antonio Roberto Soares

Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa.
O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido.
O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...". A culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deveríamos ter sido.
Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.
Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas. A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como deveríamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em função da sua imagem ideal e este é um instrumento fenomenal para se fazer o jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o auto-castigo, a autopunição, a culpa.
Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!
A culpa sempre se esconde atrás da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo. Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma.
A culpa, longe de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em novas coisas, novas ações e novos comportamentos.
Por isto mesmo, em todas as linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio. Não existe nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos seus pacientes o sentimento de culpa.
A culpa é um auto-desprezo, um auto-desrespeito pela natureza humana, por seus limites e pela sua fragilidade. A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explícita, ou seja uma expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida.
Por isto é que se diz que, ao nos sentirmos culpados estamos alienados de nós mesmos, e a nossa recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas que ainda residem dentro de nós.
Mas aquilo que nos leva a esse sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença auto-destrutiva, são algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente, descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que cremos e que são errôneas, e nos levam a este sentimento.
A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição. Quem acredita que é possível ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado de que é possível não errar, que é possível viver sem cometer erros.
Quanto maior for a discrepância entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração.
Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem fundamento real nas nossas necessidades. Nos tornamos falsos, evitamos encarar de frente as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base na nossa capacidade.
Construímos um inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deveríamos ser e não de como realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para manipular e impressionar os outros.
É muito comum, no relacionamento conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, num jogo mútuo de culpa.
Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são humanas!
Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.
Outra crença que nos leva à culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda, é acreditarmos que há uma relação necessária entre o erro e a culpa, é a vinculação automática entre erro e culpa. Quase todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de culpa, nos respondem taxativamente que vêm de seus erros. Acreditamos que a culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver erro sem haver culpa.
Se acreditamos nisto, estamos num problema insolúvel. Ou vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa - e isto é impossível porque sempre haverá erros em nossa vida - ou então passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa.
A culpa não decorre do erro, mas da maneira como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro, vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a culpa; erros são erros, culpa é culpa. São duas coisas distintas, separadas, e que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saída para o nosso sentimento de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.
O que é chamado erro é a saída fora de um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado num país e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição.
Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro cometido. Não é possível não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluída a imperfeição. Só crescemos através do erro.
As pessoas confundem assumir o erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Mas quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutífera de acabar com a nossa culpa.
A propósito do erro, há um texto interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos.
Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traído a mim mesmo. O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu.
Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Este é o texto.
Algumas pessoas nos perguntam: "Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saída para o sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: imaginemos por um instante que estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deveríamos ter feito e não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse processo íntimo de angústia e morrer tranqüilos.
Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra teria essa magia. A palavra é: Perdão.
O Perdão é uma palavra perdida em nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o sentimento de perdão, o sentimento de auto-perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo.
O auto-perdão é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferível.
O perdão aos outros é apenas um modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos. Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que já não tem jeito; é o encontro corajoso e amoroso com a realidade.
Somente aqueles que desenvolveram a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia. A criança faz isto muito bem.
O perdão é a própria aceitação da vida do jeito que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber perder o que já está perdido.
O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuímos, que são nossas possibilidades neste momento. Não podemos abraçar o presente, a vida, o passado e a morte ao mesmo tempo.
O perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da auto-estima e da alegria de viver, é o agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é estarmos vivos, é estarmos presentes.

domingo, 29 de abril de 2007

A Natureza e o Aprendizado!

A Natureza e o Aprendizado!

Cada vez que faço a espiritualidade no grupo da família no Amor-Exigente, procuro ressaltar a importância de reservarmos um momento do nosso dia para refletirmos sobre a nossa vida e forma como estamos levando-a.
E nesta Páscoa eu tive a oportunidade de dedicar um tempo maior do que normalmente eu disponho para refletir um pouco mais sobre algo que instiga o meu viver: o entendimento da dor.
Não a dor de um ferimento, e sim a dor de estar vivenciando um momento de grande dificuldade.
E ai, olhando pela janela da minha casa, a natureza me oferece um argumento para a minha reflexão: uma borboleta.
E a partir da metamorfose da borboleta e buscando mais fatos na natureza que estivesse relacionado à minha reflexão, eu encontrei grandes contribuições.
Para quem está passando por um momento de grande dor como, este momento é algo que transforma a vida de tal forma que, por vezes, parece que é o fim. Há momentos que você não consegue enxergar uma saída e chega a pensar que está sendo castigado por alguma coisa que tenha realizado. E este castigado, na maioria dos casos, acha-se que vem de Deus.
A borboleta para chegar à aparência de borboleta, linda e colorida, precisa passar por alguns momentos nada interessantes. Para chegar a embelezar os nossos dias, o voar desta libélula encantadora precisou passar pelo estágio da lagarta e do casulo, que são os estágios nada agradáveis da borboleta. No último estágio, do casulo, ela ainda vai precisar fazer força para sair e desfrutar da liberdade.
Sabe aquele pássaro lindo a cantar nas manhãs ensolaradas querendo transformar o nosso dia. Para que ele chegasse a ter esta plumagem colorida e vistosa precisou passar pela morte do ovo, que, aliás, não tem um odor nada agradável, e no último estágio do ovo também precisou fazer esforço para quebrar a casca e sair do seu casulo.
Percebe-se que na natureza, o lindo e maravilhoso para chegar no estágio final da sua beleza, aquela que vemos e ficamos maravilhados precisou passar por momentos de grandes dificuldades.
Na verdade é o momento do aprendizado. É o estágio da compreensão de que a dor da transformação é a preparação para algo muito lindo que esta por vir.
Trazendo este momento de aprendizado e transformação para o nosso viver, vamos perceber que muitos dos pais que freqüentam as reuniões de auto-ajuda, antes de passar pelo que estão passando, não sabiam o quanto de força tinha guardado que somente veio à tona no momento em que se viram na dificuldade e buscaram ajuda.
E o aprendizado do momento de transformação é perceber a dor não como problema, desgraça ou castigo, e sim como oportunidade.
Grande parte, se não a maioria, dos coordenadores de grupos de Amor-Exigente, um dia chegaram à reunião com o coração em pedaços e a dor adicionada por um sentimento de culpa muito grande os deixava sem ver um caminho de luz que desse um alento a esta dor. Chegaram pela dor e ficaram pelo amor.
A percepção de que poderia ser uma excelente oportunidade para o aprendizado, os transformou em pessoas maravilhosas que hoje estão ajudando para que outros percebam a dor como o momento para transformação.
E neste momento de grande dor, imaginamos que Deus nos tenha abandonado a qualquer sorte. Ora, Deus na sua imensa sabedoria e bondade jamais nos abandonaria. Primeiro, por conhecer a cada de um de nós, Ele vai nos dar um aprendizado na medida em que podemos carregar e passar, pois sabe o quanto de força temos guardado e que vamos descobrir com este aprendizado.
E cada vez que paramos para pensar sobre estas oportunidades que temos de aprendizado, mais vamos perceber que Deus realmente não escolhe os mais capacitados, mas capacita os seus escolhidos.
Ao olharmos a natureza vamos perceber que tudo caminha para tornar-se belo aos olhos de Deus.
A oportunidade nos é dada todos os dias para que possamos alçar o vôo da liberdade e transformarmos-nos em pessoas maravilhosas que vão transformar a vida de outras pessoas, uma vez que aprenderam que a dor é uma oportunidade e não uma desgraça.
Reserve momentos na sua vida para reflexão e pratique a espiritualidade. Não esqueça: serenidade só vem através da pratica da espiritualidade.

Um grande e fraterno abraço.


Sérgio Carlos de Oliveira
Coordenador do Programa do Amor-Exigente em SC

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Ninguém Me Viu!

Ninguém Me Viu!


“A mais terrível pobreza é a solidão e o sentimento de não ser amado.”
Madre Teresa de Calcutá


Quando lidamos com sentimentos e emoções, principalmente relacionados à dor da descoberta de um fato gravíssimo, principalmente com as situações que lidamos nos grupos de Amor-Exigente, precisamos ter um cuidado e atenção redobrados com as pessoas que nos procuram.
Pensando nisto resolvi escrever este texto tentando imaginar-me na situação de alguém que, ao procurar o grupo, não recebeu a atenção devida.

“Hoje, depois de muito tempo tentando reunir forças e coragem, resolvemos buscar ajuda para tentar entender o que está acontecendo com o nosso filho. Estamos nos sentido fracos, traídos, feridos, desamparados e já sem forças para trabalhar e cuidar do que restou da nossa família. Ficamos olhando para o passado tentando descobrir em que momento erramos na educação do nosso filho. Sempre demos tudo o que ele queria, além de estudar numa excelente escola e jamais imaginávamos que um dia ele pudesse entrar no caminho das drogas. Sempre demos amor, carinho e atenção. E hoje, estamos sem rumo por não entender como isto foi acontecer com a nossa família. O pior é você não poder contar para ninguém seja por medo, pois todos apenas nos julgam culpados pelo que aconteceu; ou por vergonha dos amigos e dos vizinhos sobre o que vão pensar sobre nós. Não é fácil reconhecer a incapacidade de lidarmos com esta situação e ter que buscar ajuda. E hoje, numa destas manhãs de segunda-feira em que a vontade de trabalhar é muito pouca, não por preguiça, mas por falta de forças mesmo, passando por vários canais da TV parei num programa onde falava sobre uma proposta comportamental chamada de Amor-Exigente. No programa uma pessoa destacava justamente o sentimento que eu e a minha esposa estávamos sentindo e a situação que estávamos vivenciando. Como o programa deu o endereço na internet resolvi pesquisar se na minha cidade tinha um grupo. Para a minha sorte tem. Falei com a minha esposa e resolvemos procurar o endereço do grupo e a reunião era justamente hoje a noite. Após mais um dia estressante, o nosso filho saiu no sábado e ainda não tinha retornado, cheguei em casa e peguei a minha esposa para ir conhecer este grupo. Saímos cedo para dar tempo de procurar o local da reunião. Encontramos o local e ficamos em frente ao salão da igreja olhando a porta que já ainda estava fechada.Faltavam ainda uma hora para começar a reunião. Mesmo assim ficamos olhando a porta tentando encontrar coragem para entrar quando ela se abrisse. E logo em seguida alguém abriu a porta e mais pessoas começaram a chegar. E eu e minha esposa olhando para a porta em silêncio, tentando imaginar como chegamos até esta situação. Fora é claro a coragem de entrar por aquela porta. Quando faltavam 15 minutos para começar resolvemos entrar. Como foi difícil passar por esta porta. Lá dentro várias pessoas já estavam sentadas. Sentamos bem no fundo da sala e perto da porta. Qualquer coisa saiamos e ninguém notaria. E ali ficamos em silêncio, num misto de apreensão e desconfiança. Não conhecíamos ninguém e ninguém nos conhecia. A aflição era tanta que, juntamente com o nervosismo, decidimos sair para tomar um ar. Chegando à rua resolvemos entrar no carro e ir embora. Como ninguém tinha nos visto mesmo, não vão sentir a nossa falta. Quando encontrarmos coragem, quem sabe um dia, voltaremos.”

Amigos de caminhada, não é intenção aqui fazer qualquer tipo de critica e sim despertar a atenção para um fato, aqui criado por mim, para que tenhamos um cuidado em recepcionar as pessoas que chegam aos nossos grupos.
A tentativa de criar o que passa pela vida de alguém que nos procura pela primeira vez, é para reforçar e redobrar a atenção nos grupos.
Receba as pessoas na porta. Transmita-lhes confiança com um abraço fraterno. Somos uma família e o abraço tem a força de uma expressão que pode dizer:

-Eu te recebo de braços abertos, pois sei da tua dor. Um dia eu também cheguei aqui da mesma forma que tu hoje chegaste. Eu te recebo e não farei nenhum julgamento. A partir de hoje, você não estará mais sozinho.

Percebam a força deste abraço e o significado do “Eu Vi Você” e te recebo do jeito que tu és.
Espero ter contribuído para que possamos melhorar cada vez mais a qualidade do trabalho maravilhoso que realizamos nos grupos de Amor-Exigente.

Um grande e fraterno abraço amigos de caminhada.

Sérgio Carlos de Oliveira (Serginho)
Coordenador do Programa do AE em SC

domingo, 1 de abril de 2007

A Juventude!

A Juventude

A juventude não é um período da vida; é um estado de espírito, efeito da vontade, qualidade, imaginação, intensidade emotiva, vitória da coragem sobre a timidez, do gosto pela aventura.
Ninguém envelhece por ter vivido certo numero de anos, mais por ter abandonado o ideal. Os anos enrugam a pele; renunciar ao ideal enruga a alma.
Somos tão novos quanto a nossa fé; tão velhos quanto a nossa dúvida. Tão novos quanto a confiança que tivermos em nós mesmos; tão velhos quanto for grande o nosso desânimo.
Seremos jovens, enquanto formos receptivos ao que é belo, bom e grande; receptivos à mensagem da natureza, do homem, do infinito.
Se algum dia o nosso coração for mordido pelo pessimismo ou corroído pelo cinismo, que Deus tenha piedade de nossas almas de velhos!
As forças da alma bem utilizadas podem prestar-nos relevantes serviços para o prolongamento da vida e da juventude. É a sugestão mal aplicada que a encurta.
Chegando a certa idade, intoxicamo-nos com a idéia de um fim próximo; perdemos a fé em nossas forças, e estas abandonam-nos. Então a velhice precoce assalta-nos e sucumbimos sob a auto-sugestão prejudicial. Ora tratemos de viver da auto-sugestão, em vez de por ela morrer. Tenhamos diante dos olhos os numerosos exemplos que existem, de longevidade sadia e robusta. Não nos detenhamos nas doenças de nosso órgãos, mas habituemo-nos a ter confiança em nossas forças físicas e intelectuais, na memória na aptidão para a conversa e o trabalho.... E aprendamos a sorrir para encontrar na vida aquele ângulo de alegria que toda dor contém.


Gen. Douglas Ma Arthur.

Alguns Pensamentos!

-A felicidade não é feita do tamanho da casa, mas do tamanho do amor que enche a casa.
Hugo Baggio


-A disciplina não se opõe à liberdade, mas dá-lhe uma forma ordenada.
Lubienska de Lenvai


-O vício é como uma flecha: facilmente se introduz, mas dicilmente se extrai.
Paul albert


-A heresia moderna é alterar a alma humana para adaptá-la às condições impostas à vida, em vez de alterar as condições para adaptá-las à alma.
Chesterton

Alguns Pensamentos!

-A felicidade não é feita do tamanho da casa, mas do tamanho do amor que enche a casa.
Hugo Baggio


-A disciplina não se opõe à liberdade, mas dá-lhe uma forma ordenada.
Lubienska de Lenvai


-O vício é como uma flecha: facilmente se introduz, mas dicilmente se extrai.
Paul albert


-A heresia moderna é alterar a alma humana para adaptá-la às condições impostas à ida, em vez de alterar as condições para adaptá-las à alma.
Chesterton